2024-08-272024-08-272016https://bdjur.tjce.jus.br/handle/123456789/121Em meio a tantos processos, disputas e desavenças, escolher o caminho da conciliação ainda não é fácil. É difícil ceder, aceitar que existem outras soluções além do veredito de um juiz. Optar pela conciliação é tomar as rédeas da sua própria história, ser responsável pela resolução dos próprios problemas. E é acreditando nisso que o Judiciário cearense realizou a Semana Nacional da Conciliação, de 21 a 25 de novembro. Varas Cíveis, de Família e Juizados Especiais Cíveis e Criminais de todo o Estado participaram da força-tarefa, que encerrou os trabalhos com 16.402 audiências realizadas, 2.705 a mais que no ano passado. É bem verdade que um grande estímulo partiu da Lei da Mediação e do novo Código de Processo Civil. Mas conciliação e mediação como métodos de solução de conflitos vão além disso. São novos tempos no judiciário, e é preciso dedicação para que cada cidadão acredite nesses métodos. Confie que são maneiras eficientes, rápidas e seguras. Conciliar é o caminho. Falando nisso, nós comemoramos nessa edição os 20 anos do Juizado Móvel, que contabiliza quase 100 mil acordos desde a sua inauguração. O objetivo da unidade, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, é fazer a conciliação entre as partes envolvidas em acidentes automobilísticos. Vamos mostrar também uma outra conquista trazida pelo novo CPC: a regulamentação da Usucapião Extrajudicial. Isso significa que agora é possível regularizar a situação do seu imóvel diretamente no Cartório de Registro de Imóveis do seu município. Nada de processo ou juiz. Por falar em cartório, só que de Registros Civis, 469 uniões de pessoas do mesmo sexo foram registradas em 2015 em todo o Estado. De acordo com dados do IBGE, isso gerou um aumento de 154% desde 2013, quando o Judiciário cearense determinou que cartórios lavrassem escritura para a união LGBT. O “Jornal do Judiciário” traz ainda importantes parcerias que envolvem Governos Federal, Estadual e Municipal para buscar mais celeridade e efetividade na prestação jurisdicional. Seja na área criminal, com o projeto Tempo de Justiça e a criação do Núcleo de Atendimento Integrado ao Adolescente, seja em casos relacionados à saúde, com a criação do Núcleo de Apoio Técnico, formado por médicos e enfermeiros que vão auxiliar magistrados nos pareceres médicos envolvidos em processos. São acordos essenciais. Para um bom funcionamento do judiciário e para um atendimento cada vez melhor ao jurisdicionado.pt-BRJornal do JudiciárioTribunal de Justiça do Estado do CearáJornal do Judiciário - 2016Jornais